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dos ref�ns � a seguinte..."
O locutor releu a lista que eu fornecera a Tom Denver.
- Estou no r�dio! - exclamou Nancy Caskin quando chegaram a seu nome.
Pestanejou e sorriu, incerta. Melvin Thomas assoviou. Nancy ficou vermelha e disse-lhe
para calar a boca.
F�ria - Stephen King
"... e George Yannick. Frank Philbrick, chefe da pol�cia estadual do Maine, pede que
todos os amigos e parentes se mantenham longe da cena. Sup�e-se que Decker seja
perigoso e Philbrick enfatizou que ningu�m sabe a esta altura o que pode provocar um
ataque nele. `Temos que supor que o rapaz est� ainda com o dedo no gatilho', disse
Philbrick."
- Quer puxar meu gatilho? - perguntei a Sylvia.
- Sua trava de seguran�a est� no lugar? - perguntou ela imediatamente, e a classe rugiu,
deliciada.
Anne Lasky riu cobrindo a boca com as m�os. Ted Jones, o chato da festa praticante,
fechou a cara.
"... Grace, o psiquiatra da Placerville e conselheiro de orienta��o, conversou com
Decker pelo servi�o de comunica��o interna h� apenas alguns minutos. Grace contou
aos repórteres que Decker amea�ou matar algu�m na sala se ele, Grace, n�o deixasse
imediatamente o escritório no andar superior."
- Mentiroso! - exclamou Grace Stanner em voz musical.
Irma deu um pequeno salto na cadeira.
- Quem � que ele pensa que �? - perguntou furioso Melvin. - Ser� que ele pensa que
pode se safar com essa merda?
"... e disse tamb�m julgar Decker uma personalidade esquizofr�nica, possivelmente
al�m de qualquer outro ponto que n�o a fronteira da loucura. Grace concluiu suas
apressadas observa��es dizendo: 'A esta altura, Charles Decker pode, concebivelmente,
fazer qualquer coisa.' Policiais das cidades vizinhas de..."
- Que merda mais fedorenta! - exclamou furiosa Sylvia. - Quando nós sairmos daqui
vou dizer �queles caras o que realmente aconteceu com aquele cara! Eu vou...
- Cale a boca e escute! - disse-lhe secamente Dick Keene.
"... e Lewiston foram chamados � cena. Neste momento, de acordo com o capit�o
Philbrick, a situa��o � de impasse. Decker jurou que matar� se for usado g�s
lacrimog�neo e as vidas de 24 crian�as est�o em jogo..."
- Crian�as - disse subitamente Chiqueiro. - Crian�as isto, crian�as aquilo. Eles o
apunhalaram pelas cosas, Charlie. J�. Crian�as. Ah. Merda. O que � que eles pensam
que est� acontecendo? Eu...
- Ele est� dizendo alguma coisa sobre... - come�ou Corky.
- Esque�a. Desligue o r�dio - ordenei. - Isto parece mais interessante. - Fixei em
Chiqueiro meu mais duro e inflex�vel olhar. - No que � que voc� est� pensando,
parceiro?
F�ria - Stephen King
Chiqueiro indicou Irma com o polegar.
- Ela acha que a vida � dura com ela - disse. - A vida dela. Ah.
Riu de repente, um riso amalucado. Sem nenhuma raz�o especial que eu pudesse
descobrir, ele tirou um l�pis do bolso interno e olhou-o. Era um l�pis vermelho.
- L�pis Be-Bop - disse Chiqueiro. - Os l�pis mais baratos que existem na face da Terra,
� isso o que eu penso. N�o posso apont�-los, absolutamente. O grafte se quebra. Todos
os meses de setembro, desde que comecei no prim�rio, mam�e chega do Mammoth
Mart com 200 l�pis Be-Bop numa caixa pl�stica. E eu os uso, Jesus!
Quebrou o l�pis vermelho entre os dedos e ficou olhando para ele. Para dizer a verdade,
eu de fato penso que aquele l�pis era muito ordin�rio. Eu sempre usei Eberhard Faber.
- Minha m�e - continuou Chiqueiro. - � assim que ela �. Duzentos l�pis Be-Bop em uma
caixa pl�stica. Sabem qual � a grande coisa que ela faz? Al�m daquelas ceias de merda
onde d�o � gente um grande prato de hamb�rguer e uma x�cara de papel de Jell-O de
laranja cheia de cenoura ralada? Ahn? Ela entra em concursos. � o hooby dela.
Centenas de concursos. O tempo todo. � assinante de todas as revistas femininas e entra
nos sweepstakes. Por que ela gosta de Rinso quando lava suas pecinhas mais elegantes,
em 25 palavras ou menos. Minha irm� ganhou um gatinho uma vez e mam�e nem quis
saber dela conserv�-lo.
- A tal que engravidou? - perguntou Corky.
- N�o deixou nem ela pensarem conserv�-lo - continuou Chiqueiro. - Afogou-o na
banheira quando ningu�m quis ficar com ele. Lilly suplicou a ela que pelo menos o
levasse ao veterin�rio, onde o bichinho poderia pelo menos tomar g�s, e mam�e disse
que quatro dólares de g�s era dinheiro demais para gastar com um gato sem valor.
- Oh. coitadinho - disse Susan Brooks.
- Juro por Deus, ela fez isso mesmo, na banheira. Todos esses malditos l�pis. Ela
compra uma camisa nova para mim? Ahn? Talvez, no meu anivers�rio. Eu digo: "M�e,
voc� devia ouvir o que os garotos me chamam. M�e, pelo amor de Deus". Eu n�o ganho
nem mesada, ela diz que precisa do dinheiro para comprar selos e poder entrar nos
concursos. Uma camisa nova no meu anivers�rio e um carregamento de merda de l�pis
Be-Bop numa caixa pl�stica para levar para a escola. Tentei uma vez conseguir um
circuito de entrega de jornais, e ela acabou com isso. Disse que havia mulheres de fraca
moral que ficam � espreita de garotos depois que os maridos saem para o trabalho.
- Oh, meu Deeeeeus! - mugiu Sylvia.
- E concursos. E ceias da Associa��o de Pais e Professores. E fiscalizar dan�as.
Agarrando-se a todo mundo. Sugando todas as pessoas e sorrindo.
Fitou-me e sorriu o sorriso mais estranho que eu vira em todo aquele dia. E isso era
F�ria - Stephen King
dizer um bocado.
- Sabem o que ela disse quando Lilly teve que ir embora? Disse que eu teria que vender
meu carro. Aquele velho Dodge que meu tio me deu quando tirei minha carteira de
habilita��o. Eu disse que n�o venderia. Disse que tio Fred havia me dado o carro e que
eu ia ficar com ele. Ela disse que se eu n�o o vendesse, ela o venderia. Disse que eu n�o
ia engravidar mo�a nenhuma no assento traseiro. Foi isso o que ela disse.
Brandiu a metade do l�pis partido. O grafite projetava-se da madeira como se fosse um
osso preto.
- Eu. Ah. A �ltima vez que sa� com uma garota foi num piquenique do oitavo grau. Eu
disse a mam�e que n�o ia vender o Dodge. Ela disse que eu ia. A gente come�a dando a
ela um motivo por que n�o pode vender o carro e ela diz: "Neste caso, por que � que
voc� fica tanto tempo no banheiro?" Assim, em cima da bucha. A gente est� falando no
carro e ela fala sobre o banheiro. Como se a gente estivesse fazendo l� alguma coisa
suja. Ela mói a gente. - Olhou pela janela. A sra. Dano n�o estava mais vis�vel. - Ela [ Pobierz całość w formacie PDF ]